O presidente Jair Bolsonaro assinou em 18 de março a medida provisória que institui a nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial e, em 26 de março, assinou um decreto para liberar o pagamento.
Pelo novo desenho, o governo vai pagar 4 parcelas –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas. A maior parte deve receber a menor cota. Eis uma prévia da divisão:
Na 4ª feira (31.mar), Bolsonaro anunciou que os novos pagamentos do benefício começam na 3ª feira (6.abr.2021). Saiba as datas de pagamento da nova rodada do auxílio emergencial.
Para 90% das pessoas que receberam o auxílio emergencial em 2020, o novo valor é considerado muito baixo. Nesse grupo de pessoas, 8% afirmam que os R$ 250 são suficientes.
Receba a newsletter do Poder360
todos os dias no seu e-mail
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 15 a 17 de março, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.500 entrevistas em 545 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 3.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
Quem mais acha que o valor é “muito baixo”:
Quem mais acha que é o suficiente:
O PoderData mostra que entre os que aprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro, 70% consideram que o valor médio do novo auxílio emergencial é “muito baixo” e 24% acham que é o “suficiente”.
Já entre os que o desaprovam, 89% mostram insatisfação e só 10% são a favor do valor.
Ao anunciar o calendário da nova rodada do benefício, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o valor era “pouco” e voltou a criticar medidas adotadas por governadores e prefeitos para restringir a circulação de pessoas e tentar conter o avanço do coronavírus. Para ele, o único caminho para a retomada da economia é “deixar o povo trabalhar”.
“O auxílio emergencial é um alento. ‘É pouco, inclusive, reconheço”, disse nessa 4ª feira (31.mar).
“O governo sabe que não pode continuar por muito tempo com esses auxílios que custam para toda a população e podem desequilibrar a economia. O apelo que a gente faz é que política de lockdown seja revista, cabe a governadores e prefeitos”.
A pesquisa PoderData mostra que entre os que avaliam o trabalho do presidente como “ótimo” ou “bom”, 68% acham que o auxílio é “muito baixo” e 27% afirmam ser “suficiente”.
Leia mais sobre a pesquisa PoderData:
O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.
O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.
Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.