Em pronunciamento transmitido em seus perfis nas redes sociais nesta 2ª feira (6.set.2021), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que um presidente da República precisa “saber somar forças” e dar o exemplo. Declarou que, quando estava no poder, usava o 7 de Setembro para “trazer uma mensagem de esperança” porque “o Brasil naquele tempo era um país em que a vida das pessoas estava mudando para melhor”.
Em tom de campanha e sem citar o nome de Bolsonaro, contrapôs ações da atual gestão com a sua (2003-2011). Disse que fome, pobreza, desemprego e desigualdade não são “mandamentos divinos”, mas resultados de erros “que podemos e devemos corrigir”.
Lula não fez live. A fala foi gravada e editada, com letreiros, trilha sonora e inserção de imagens antigas do presidente em viagens pelo Brasil e eventos oficiais.
Segundo o petista, o presidente deveria trazer no 7 de Setembro uma palavra de solidariedade sobre as vítimas da pandemia, e o anúncio de um plano para garantir vacina para todos.
“Era de se esperar um plano para gerar empregos, que desse um alento aos trabalhadores. Que viesse dizer que a Petrobras vai voltar a vender gasolina pelo custo real, e não mais pelo preço do dólar, porque foi essa política errada que fez disparar o preço dos combustíveis. Que apresentasse medidas para baixar o preço dos alimentos, para garantir um mínimo de dignidade a quem está na fila do osso”, declarou....
“Ao invés de somar, estimula a divisão, o ódio e a violência. Definitivamente não é isso que o Brasil espera de um presidente”. Lula também criticou a ausência do Estado para gerar empregos. “Nenhum país do mundo vai para a frente sem investimento público”, afirmou.
Ao final, o ex-presidente disse que “apesar de tudo, o Brasil tem jeito”. Declarou que “a solução para o país é colocar o pobre no orçamento”.