O prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) decidiu fechar as praias de Natal a partir deste domingo (28). A medida prevê a suspensão do funcionamento de barracas e bares na orla. Inicialmente, as novas regras terão duração de 15 dias.
As informações foram divulgadas pelo jornal Tribuna do Norte. Até a manhã deste sábado (27) o decreto estabelecendo as medidas mais rígidas ainda não havia sido publicado.
"Vamos fazer o fechamento total da orla a partir deste domingo. Sem barracas, sem bares, sem nada. Toda orla será fechada por 15 dias. A princípio. Se sentirmos que poderemos flexibilizar, que houve melhora, o faremos”, disse o prefeito ao veículo.
A prefeitura de Natal também deve orientar o comércio a implementar um rodízio de funcionamento para ajudar a reduzir a quantidade de pessoas circulando nos transportes públicos da capital.
As novas regras de distanciamento social definidas por Álvaro Dias vão ao encontro das medidas determinadas sexta-feira (26) pela governadora Fátima Bezerra (PT), que anunciou toque de recolher entre 22h e 5h em todo o Estado. Igrejas e outros templos religiosos estão proibidos de funcionar, à exceção de orações e atendimentos individualizados. Festas e eventos em espaços públicos e privados também foram suspensos.
– A sociedade está sendo intimada, o cenário é de guerra, queremos a paz. Agora é todo mundo de mãos dadas. Vamos ficar em casa, vamos cuidar daqueles que mais amamos e superar esse momento crítico que não é só no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil”, disse a governadora com a voz embargada.
Colapso
O sistema de saúde de Natal e da região Metropolitana está próximo de um colapso. De acordo com o portal de monitoramento do LAIS/UFRN, até às 9h05 deste sábado (27), a taxa de ocupação de leitos na região era de 90,1%, superior a média geral, de 89,4%. No mesmo horário, 12 hospitais públicos do Estado estavam com 100% dos leitos críticos ocupados.
Em razão da falta de UTIs em Natal, a secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) começou a transferir pacientes críticos para os hospitais do interior, onde o Governo vem consolidando uma política de expansão de leitos.