Olá caro leitor e cara leitora do jornal O Litoral, depois de um tempo ausente,estou de volta e vim fazer uma reflexão com vocês, no início de novembro o país acompanhou atônito a partida de uma grande artista, que se destacou na música sertaneja, a cantora e compositora goiana Marília Dias Mendonça de 26 anos de idade.
Uma cantora que quebrou tabus e enfrentou com muita garra o machismo presente no seu gênero musical, historicamente dominado por homens, basta voltarmos um pouco no tempo quando nos anos 1990 víamos o domínio dos ?Amigos Sertanejos? as duplas Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano e Xitãozinho e Chororó, também tínhamos o João Paulo e Daniel que devido ao domínio dos ?Amigos Sertanejos? meio que esse espaço era fechado, em seguida teve a fase do sertanejo romântico tendo as duplas Bruno e Marrone e Rick e Renner como destaque, passando pelo chamado sertanejo universitário a partir de 2009 com cantores como o Luan Santana, por exemplo e a Paula Fernandes.
Entre 2015-2016 surge então o fenômeno Marília Mendonça, então com 20 anos, depois de compor músicas cantadas por outros cantores, iniciava sua carreira como intérprete de suas composições, passando a ser nacionalmente conhecida com o hit ?infiel? começava a dar frutos a semente plantada lá atrás pelas Irmãs Galvão e Inezita Barroso no sertanejo de raiz e também pelas cantoras Roberta Miranda e Sula Miranda, passando pela Paula Fernandes entre o final dos anos 2000 e início dos anos 2010.
Nascia através da eterna ?rainha da sofrência? o movimento chamado ?feminejo? com músicas de amor sobre a perspectiva da mulher, músicas com letras com canções que levantam a auto estima feminina, mostrando que elas podem ser o que quiserem, depois da Marília vieram a Maiara e Maraisa, Simone e Simária, Nayara Azevedo com o hit ?50 reais? e etc, em resumo, vejo agora a música brasileira, sobretudo o sertanejo como antes e depois de Marília Mendonça, dona de um talento único, goste você ou não, mesmo que nunca tenha ouvido as suas canções, ela marcou para sempre a história da música, com o seu vozeirão potente, o seu talento, a sua inteligência e principalmente, a sua musicalidade. Valeu Marília Mendonça que Deus te acolha na eternidade.
Observação: Divulgamos na edição do jornal O Litoral, edição nº 284, que Carlos Henrique, fazia parte do grupo GOTO SECO, mas o mesmo, faz parte do Grupo VOZ POÉTICA.
