O ex-senador da República José Agripino Maia (DEM) se pronunciou neste domingo (21) sobre a condução pelo Governo Federal da vacinação contra a covid-19 no país. Ex-governador por duas vezes e ex-senador pelo Rio Grande do Norte durante três mandatos, Agripino acredita que o Brasil é visto como “um país irresponsável” e que será difícil que os brasileiros sejam bem recebidos no exterior mesmo quando acabar a pandemia:
– O Brasil está se transformando num pária na América do sul e no mundo. Brasileiro, depois que passar a pandemia, vai demorar um bocado de tempo até ser recebido na Argentina, no Chile, para entrar nos EUA… porque aqui (no Brasil), por conta da operação que o governo está levando a efeito no combate a pandemia, eu diria na convivência com a pandemia, está se possibilitando a multiplicação de cepas. Várias cepas estão se transformando e chegando ao exterior com índice de ataque e mortalidade muito alto. O Brasil é visto hoje como um país irresponsável, onde a inação possibilita que muitas variações do vírus aconteçam e atinjam o mundo. É preciso combater esse estado de coisas e o combate passa pela vacina”, destacou o ex-parlamentar em vídeo gravado e divulgado em sua conta pessoal no instagram.
“O Brasil é visto hoje como um país irresponsável, onde a inação possibilita que muitas variações do vírus aconteçam e atinjam o mundo”
José Agripino Maia (DEM), ex-senador
Agripino Maia atacou de forma dura a gestão do governo Bolsonaro na área da saúde. E defendeu uma união, com o Congresso Nacional à frente, para a compra de vacinas em grande escala. Ele afirmou que o presidente do Senado Rodrigo Pacheco encaminhou uma carta à vice-presidenta dos EUA Kamala Harris pedindo preferencia na compra das vacinas que estão estocadas e não vem sendo utilizadas pelo governo norte-americano:
– O Congresso, a Câmara, o Senado, o Poder Judiciário e um representante do Poder executivo devem se juntar para desenvolver ação objetiva de compra de vacina. A hora é de emergência, de somação de esforços pra arranjar vacina e vacinar em massa para que o mundo compreenda que o Brasil está tomando providência, que o Brasil continua o país a ser admirado, querido, e não pode se transformar em paria internacional. É comprar vacina e vacinar em massa”, defendeu.