O principal dirigente de segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, afirmou nesta quarta-feira (23) que a Ucrânia deve decretar estado de emergência em todo o país por conta do conflito iminente com a Rússia.
Desde 2014, as regiões de Donetsk e Luhansk já estão em estado de emergência. A área é afetada por um conflito com rebeldes separatistas pró-Rússia. Nesta semana, inclusive, a tensão na Europa aumentou após o presidente Vladimir Putin reconhecer essas regiões como independentes da Ucrânia.
Diante desse cenário, o Parlamento ucraniano aprovou nesta quarta uma lei que permite que os cidadãos tenham o porte de arma de fogo. Na terça-feira (22) o país ainda pediu que os países aliados do Ocidente enviem mais armas para a proteção da Ucrânia. Os Estados Unidos e países da Europa Ocidental já haviam enviado armamentos no início de fevereiro.
Putin não recua
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que suas exigências na crise com a Ucrânia não serão cedidas. A fala vem mesmo após alguns países do Ocidente, incluindo Alemanha, EUA e Reino Unido anunciarem sanções e medidas contra a Rússia.
"Os interesses e a segurança de nossos cidadãos não são negociáveis para nós”, disse Putin que, entre outras exigências, pede que a Ucrânia nunca faça parte da aliança militar do Ocidente, a Otan, criada após a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, apesar de também reforçar que está disponível para o diálogo e diplomacia, Putin chegou a duvidar da soberania da Ucrânia afirmando que o país era controlado pelo Ocidente. Além disso, milhares de soldados estão posicionados na fronteira com o país vizinho.
