O ex-deputado Henrique Alves está usando da vitimização para justificar sua saída do MDB.
Faz discurso quase choroso para confirmar que está deixando o partido pelo qual ganhou e perdeu em toda sua vida pública de mais de 50 anos.
O que Henrique não diz é que deixa o MDB porque quer.
Não foi expulso e nunca escutou de seus dirigentes, os primos Walter Alves e Garibaldi Filho, que não teria legenda para ser candidato.
O que foi notícia durante muito tempo, não teve sequer uma declaração dos primos que hoje comandam o MDB.
Henrique deixa o partido porque sabe da dificuldade que terá de se eleger, já que as regras eleitorais atuais não permitem a formação de uma nominata federal com mais de 9 candidatos.
Henrique teme ter menos votos do que Garibaldi, sair derrotado e eleger o primo desafeto.
Vai para o PSB.
Integrará uma chapa com o deputado Rafael Motta, que tem uma boa base, bem assistida, tanto com a presença de Rafael quanto com o repasse de emendas.
Henrique corre o risco de ter menos votos do que Rafael, sair derrotado e garantir a reeleição de Motta.
Trocará seis por meia dúzia, mas levando como vitória o fato de não ter colaborado com a eleição do primo Garibaldi.